Eugénio de Paula Tavares nasceu a 18 de outubro de 1867 na Vila Nova Sintra da Ilha Brava em Cabo Verde e destacou-se como escritor e jornalista.
Não tinha títulos escolares de habilitação, contudo, era possuidor de um caráter impoluto e era um orador fluente.
Colocado na Fazenda Pública do Tarrafal, descobre a Santiago profunda e seu vernáculo. De regresso à Ilha Brava em 1890, estava um conhecedor da realidade de Cabo Verde.
Feito Recebedor da Fazenda na Brava, desposou D. Guiomar Leça, senhora de muitas virtudes e companheira fiel para toda a vida.
O Governador Serpa Pinto chega à Colónia e acalenta o sonho do Poeta. Acarinha-o e estimula-o depois de o conhecer. Eugénio corresponde e a sua pena de jornalista exige justiça e moralidade para Cabo Verde.
Nesta fase, a sua "morna" ganha conteúdo e sonoridade. Os novos temas são o Amor, a Ilha, o Mar, a Mulher, o Emigrante, a Partida, a Saudade.
Entre 1890 e 1900, Eugénio Tavares é o "delfim" de Cabo Verde.
Um poema seu, Mal de amor, encontra-se no CD Poesia de Cabo Verde e sete poemas de Sebastião da Gama, de Afonso Dias.
Em 1929 colaborou em diversos artigos na "Revista de Espiritismo", órgão da Federação Espírita Portuguesa. De sua pena saíram vigorosos e destemidos artigos de propaganda neo-espiritualista, prestando, assim os mais relevantes serviços ao Movimento Espírita português.
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