A vida e obra de alguns dos mais fascinantes e inspiradores médicos da história contada por selos.
Para o alinhamento das personalidades servimo-nos do livro Príncipes da Medicina escrito por Mário Cordeiro e cuja a capa podemos apreciar na 1.ª página desta coleção
Com a massificação das tecnologias de comunicação o colecionismo de selos e peças postais sofreram alterações substanciais. Muitos dos colecionadores que conheço e que ainda colecionam os selos de Portugal que estão a ser emitidos, quando questionados se compram as emissões que vão sendo colocadas em circulação pelos CTT, muitos afirmam que no passado realmente faziam-no mas que atualmente optam por comprar o livro anual pois torna-se muito mais interessante, pois para além de não “perderem” tempo a arrumar os selos os mesmos estão enquadrados num livro com um design muito apelativo.
Colocado de outra forma muitos colecionadores optam por produtos “acabados” que em muito facilitam a organização das suas coleções e reduzem custos de aquisição e montagem.
Neste pequeno artigo apresentamos uma pequena compilação temática sobre selos de personalidades colocados em circulação pelos CTT no ano de 2019, sendo que preferencialmente apresenta-se peças que tipicamente não estão no mercado de uma forma massiva. Dito de outra forma ao longo das páginas o leitor irá encontrar imagens linhas ou fragmentos de topo de folha filatélica com título de emissão, cantos de folha com vinheta de código ou de impressor, folhas completas, postais máximos, sobrescritos de 1.º dia circulados entre outras peças que se enquadram numa lógica de coleccionismo em que a personalização se sobrepõe à massificação.
Wilhelm Richard Wagner nasceu em Leipzig a 22 de maio de 1813 e destacou-se como maestro, compositor, diretor de teatro e ensaísta.
As composições de Wagner, particularmente são notáveis por suas estruturas complexas, harmonias ricas e orquestração, e o elaborado uso de Leitmotiv: temas musicais associados com caráter individual, lugares, ideias ou outros elementos.
Wagner foi o pioneiro em avanços da linguagem musical, tais como o cromatismo extremo e a rápida mudança dos centros tonais, que muito influenciou no desenvolvimento da música erudita europeia. A influência de Wagner vai além da música, é também sentida na filosofia, literatura, artes visuais e teatro.
Wagner morreu subitamente de um ataque cardíaco a 13 de fevereiro de 1883 em Veneza.
Vicente Gomes da Silva, Júnior nasceu no Funchal a 23 de setembro de 1857 e destacou-se como fotografo e administrador da Photographia Vicente.
Filho de Vicente Gomes da Silva (1827-1906), fundador da Photographia Vicente, iniciou a sua atividade profissional na empresa de seu pai em 1875 como fotógrafo assistente, sendo que mais tarde assumiu a administração da mesma. Sob a sua direção procederam-se alterações arquitetónicas no edifício adquirido pelo seu pai por forma a torna-lo mais adequado às necessidades do negócio, tornando-se num ex-líbris da arquitetura dos “ atelier’s fotográficos do século XIX.
O Atelier Vicente’s recebeu duas importantes distinções pelos seus trabalhos fotográficos, sendo que a primeira foi concedida em 1866 pelo império Austro-húngaro, na sequência do retrato da Imperatriz Elizabeth D’Aústria, mais comumente conhecida por “Sissi”, que Vicente Gomes da Silva captou em 1860, tendo sido agraciado com o título de “Photographe de Sa Majesté I’Impératrice d’Austriche”. Em 1903, o seu filho, Vicente Júnior, foi agraciado com o título de “Photographo da Casa Real Portuguesa”, por ocasião da visita régia à ilha da Madeira em 1901.
Faleceu a 30/05/1933 no Funchal
Ludwig van Beethoven, nasceu a 16 de dezembro de 1770 na cidade de Bohn, Reino da Prússia, atual Renânia do Norte (Alemanha) e destacou-se como compositor e pianista no período de transição entre o Classicismo (Séc. XVIII) e o Romantismo (Séc. XIX). É considerado um dos pilares da música ocidental, pelo incontestável desenvolvimento, tanto da linguagem como do conteúdo musical demonstrado nas suas obras.
Beethoven começou a compor música como nunca antes se houvera ouvido. As suas composições eram criadas sem a preocupação em respeitar regras que, até então, eram seguidas. Considerado um poeta-musico, foi o primeiro romântico apaixonado pelo lirismo dramático e pela liberdade de expressão. Foi sempre condicionado pelo equilíbrio , pelo amor à natureza e pelos grandes ideais humanitários. Iniciou, portanto, a tradição compositor livre, que escreve música para si, sem estar vinculado a um príncipe ou a um nobre. Hoje em dia muitos críticos considera-o como o maior compositor do séc. XIX, a quem se deve a inauguração do período Romântico, enquanto que outros o distinguem como um dos poucos homens que merecem a adjetivação de “génio”.
Beethoven faleceu a 26 de março de 1827 em Viena.
Fernão Mendes Pinto nasceu em Montemor-o-Velho entre 1510 e 1514 e destacou-se como escritor.
Em 1537, parte para a Índia, ao encontro dos seus dois irmãos. De acordo com os relatos da sua obra Peregrinação, foi durante uma expedição ao Mar Vermelho em 1538, que Mendes Pinto participou num combate naval com os otomanos, onde foi feito prisioneiro e vendido a um grego e por este a um judeu que o levou para Ormuz, onde foi resgatado por portugueses.
Acompanhou a Malaca, Pedro Faria donde fez o ponto de partida para as suas aventuras, tendo percorrido, durante 21 acidentados anos, as costas da Birmânia, Sião, Arquipélago de sunda, Molucas, china e Japão. Numa das suas viagens a este país conheceu S. Francisco Xavier e, influenciado pela personalidade, decidiu entrar para a Companhia de Jesus e promover uma missão jesuíta no Japão.
Com a ajuda do ex-governador da Índia Francisco Barreto, conseguiu arranjar documentos comprovativos dos sacrifícios realizados pela pátria, que lhe deram direito a uma tença, que nunca recebeu. Desiludido, foi para a sua Quinta de Palença, em Almada, onde se manteve até à morte e onde escreveu, entre 1570 e 1578, a obra que nos legou, a sua inimitável Peregrinação. Esta só viria a ser publicada 20 anos após a morte do autor, receando-se que o original tenha sofrido alterações às quais não seriam alheios os Jesuítas. Deixou-nos um relato tão fantástico do que viveu que durante muito tempo não se acreditou na sua veracidade; de tal modo que até se fazia um jocoso dito com o seu nome: Fernão Mendes Minto, ou então ainda: Fernão, mentes? Minto!.
Faleceu a 8 de julho de 1583 no Pragal.
