terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Alves Redol (1911 - 1969)


António Alves Redol nasceu em Vila Franca de Xira a 29 de dezembro de 1911 e destacou-se como escritor sendo considerado como um dos expoentes máximos do neo-realismo português. No centenário do seu nascimento foi emitido um selo para assinalar a data.
Alves Redol tem a sua origem nos espaços rurais (infância marcada pela pobreza, já que o seu pai era um comerciante de pequeno porte). Em função disso, começou desde cedo a trabalhar. Presencia, desde essa altura, as péssimas condições de vida do homem rural, o que mais tarde, vai se refletir, preponderantemente, na sua escrita.
Postal com selo alusivo a Alves Redol e carimbo de 1.º dia de emissão

Inicialmente, almejava ser médico, mas, devido à influência do seu avô, bem como do contato e da admiração pelos jornalistas e escritores, passa a aspirar o ingresso no âmbito da escrita. Inicia-se nessa esfera aos 12 anos. Quando completa 14 anos, começa a colaborar com textos para semanários e jornais. Trabalha, inicialmente, como vendedor de mercearias.
Quando completa 16 anos, em 1928, vai para África (Angola na cidade de Luanda), onde exerce, primeiramente, a função de operário, trabalhando em seguida numa fazenda, com o objectivo de conseguir novas e melhores perspectivas de vida futura. Contudo, depara, nessa região, com uma intensa situação de miséria e pobreza.
Quando regressa a Portugal, passa a trabalhar como vendedor de camiões, carros, pneus e óleos. Também leccionou Língua Portuguesa. Adere aos ideais do PCP - Partido Comunista Português e do Movimentos de Unidade Democrática, contrapondo-se, veemente, à conjuntura política da época, trazendo à tona diversas questões “esquecidas”.
Em virtude de sua convivência com as péssimas condições de vida das camadas rurais e de vivenciar duplamente essas condições (na infância e na juventude), volta seu olhar para a dimensão social, mais especificamente, para as questões de reivindicação de mudança social. A essa altura, reafirma a sua vocação para a escrita. Cria a Secção “De sol a sol”, no jornal O Diabo, em que passa a publicar textos voltados para as tensões sociais, contrapondo-se, assim, aos ideais de exploração dos regimes totalitários.
Fillus 2002 sinaliza o facto de a crise económica da década de 1920 ocasionar uma serie de problemáticas sociais, tais como: desemprego, fome, miséria e, sobretudo, a crise do capitalismo. Diante dessa quadro, eclodem os regimes totalitários (no solo português, o Salazarismo), iniciando uma intensa repressão, censura e exploração das classes minoritárias.
Tendo como pano de fundo esse contexto, surge o Neorrealismo, uma literatura de cunho político, que se opõe, veementemente, à opressão dos regimes totalitários. Eclode, assim, um novo conceito de arte numa perspectiva de consciencialização, acompanhada de novo papel social para o artista enquanto defensor da sociedade que busca melhorias a partir da ampliação da visão de mundo .
Isso entra em sintonia com Fillus 2002, pp. 127, que diz que o “movimento neorrealista corresponde a uma nova tomada de consciência da sociedade portuguesa”. Dentre os autores que defendem uma criação literária de denuncias das condições de exploração do povo (em sua grande diversidade), está Alves Redol.
Figueiredo 2005 sinaliza o facto de a obra de Redol estar directamente ligada às questões económicas, políticas, sociais e culturais respeitantes ao mundo do autor. Ou seja, seus escritos voltam se para uma perspectiva de cunho social, primando, sobretudo, pela crítica ao Regime de Salazar, transformando suas obras em instrumento de intervenção social. Um aspecto que ilustra esse viés é o facto de esse autor não se restringir ao uso de histórias de ficção, mas, acima de tudo, lançar mão de histórias que focam na realidade social circundante. Algumas dessas temáticas que até então eram ignoradas.
Em vista disso, Redol sofre repressão da ditadura militar, chegando até a ser preso e torturado. Ao lançar mão dessa postura de preocupação social, ele toma como base alguns ideais do marxismo e do socialismo, empregando-os em sua escrita os pressupostos de autores revolucionários clássicos tais como: MarxEngelsLenineLefebvre,Bukiharini e Friedman. E, à luz desses escritores adeptos do Marxismo e do Socialismo, Redol passa a abordar as condições de vida dos trabalhadores que viviam à margem da sociedade por conta de uma exploração desumana. Para tanto, ele retrata os diversos profissionais rurais e urbanos (destacando seus inúmeros grupos), suas práticas corriqueiras do dia a dia e, sobretudo, suas péssimas condições de vida em decorrência do capitalismo.
Inúmeros aspectos expostos na obra de Redol refletirem suas vivências particulares. Partindo desse pressuposto, ele não só apresentava as mazelas a que era submetido esse povo, mas, sobretudo, evidenciava sua natureza. Com isso, as personagens do romancista, em geral, são apresentadas, de forma que suas individualidades sejam expostas. Contudo, reflectem um todo na mesma condição. Isso, de certa forma, evidencia uma dicotomia (individual vs colectivo). Em alguns casos, ele até estabelece comparações entre o animal e o homem, em vista das péssimas condições de vida deste último. Porém, ao apresentar essa faceta, lança mão de uma crítica e de um discurso velado, em função da repressão política. Isto é, pelo fato de a literatura estar silenciada por conta da opressão, ele adéqua sua linguagem, escrevendo de forma não explícita. Em outras palavras, ele revela sua preocupação social, suas ideologias subjacentes e seu não-ditos, por intermédio de uma linguagem nem sempre objetiva e direta. Destaca-se, ainda, o fato de tal autor trabalhar em constante renovação do seu estilo de escrita.
A obra de Redol é amparada por uma perspectiva social, primando pela abordagem de aspectos sócio-políticos e econômicos, focalizando, em especial, personagens que reflectem a diversidade dos grupos da sociedade portuguesa (rural e urbana). Apesar de suas obras serem pautadas de uma perspectiva de junção de fatores, elegendo como objeto de estudo o romance, a dramaturgia, obras voltadas para crianças e jovens, destaca-se, sobretudo, a temática da preocupação social, evidenciando a desigualdade intensa na distribuição da rendas. Daí provém sua importância enquanto escrito neorrealista. Não só por “iniciar uma nova estética literária no século XX”, mas, sobretudo, por voltar seu olhar para o sofrimento do povo [a questão da exploração a que eram submetidos as pessoas das classes baixas, condições de vida, miséria, fome, prostituição etc..].
Alves Redol faleceu em Lisboa a 29 de novembro de 1969.
Retirado de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alves_Redol
Mais informação: https://drive.google.com/file/d/0B110lczzQeUfWTk5SU0tVnRYRW8/view?usp=sharing
Sobrescrito circulado com carimbo comemorativo e selo alusivo a Alves Redol


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

D. Maria I (1734 - 1816)


D. Maria I nasceu em Lisboa, a 17 de Dezembro de 1734, recebendo o nome de batismo de Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana e destacou-se como Rainha de Portugal.
Durante o seu reinado houve uma atividade legislativa é notável, sobretudo no que diz respeito à gestão económica, deu-se um impulso à cultura tendo-se procedido à criação de numerosas instituições, refira-se ainda a assinatura do Tratados de Santo Ildefonso, de Outubro de 1777, tratado preliminar de delimitação das zonas portuguesa e espanhola na América do Sul.
Por sofrer de doença mental foi afastada dos negócios públicos em princípios de 1792, tendo o príncipe D. João tomado conta do governo em nome de sua mãe até 1799.
D. Maria faleceu no Rio de Janeiro, a 20 de Março de 1816, estando sepultada na Basílica da Estrela em Portugal.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Elisabeth Schwarzkopf (1915 - 2006) - centenário do nascimento


Olga Maria Elisabeth Friederike Schwarzkopf, nasceu a 9 de dezembro de 1915, em Jarotsching, na província de Posen, na Prússia (atual Polónia) e destacou-se como cantora de ópera. No período pós-Segunda Guerra Mundial foi considerada mundialmente como uma das melhores cantoras soprano.
Ao longo da sua carreira recebeu inúmeros prémios referindo-se aqui os quatro últimos: 1986 -  Comendadora da Ordem das Artes e das Letras; 1991 - UNESCO Medalha Mozart; 1992 – Comendadora da Ordem dos Serviços da Música para o Império Britânico; 2002 – Medalha Dama Honorária da Cidade de Viena.
Schwarzkopf morreu 3 de agosto de 2006 na sua casa em Schruns, Vorarlberg, Áustria.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Jean Sibelius (1865 - 1957)


Johan Julius Christian Sibelius, conhecido como Jean Sibelius nasceu a 8 de dezembro de 1865 Hämeenlinna (Finlândia) e destacou-se como compositor de música erudita, e um dos mais populares compositores do fim do século XIX e início do XX. Sua música também teve importante papel na formação da identidade nacional finlandesa.
Parte importante da música de Sibelius é sua coleção de sete sinfonias. Assim como Beethoven, Sibelius usou cada uma delas para trabalhar uma ideia musical e/ou desenvolver seu próprio estilo.
Sibelius faleceu em Järvenpää (Finlândia) a 20 de setembro de 1957.



Florbela Espanca (1894 - 1930)


Flor Bela Lobo nasceu em Vila Viçosa a 8 de dezembro de 1894 e destacou-se como escritora
Florbela apesar de ser mais reconhecida como poeta escreveu poesia, contos, um diário e epístolas; traduziu vários romances e colaborou ao longo da sua vida em revistas e jornais de diversa índole. Contudo, é à sua poesia, quase sempre em forma de soneto, que ela deve a fama e o reconhecimento. A temática abordada é principalmente amorosa dando destaque a sentimentos como solidão, tristeza, saudade, sedução, desejo e morte. A sua obra abrange também poemas de sentido patriótico,como o soneto "No meu Alentejo" é uma glorificação da terra natal da autora.
Florbela Espanca faleceu em Matosinhos a 8 de dezembro de 1930.
Sobrescrito com selo alusivo a Florbela Espanca e carimbo de 1.º dia de circulação referente aos Vultos da História e da Cultura de 2014

domingo, 6 de dezembro de 2015

D. Afonso Henriques (1109 - 1185)


Afonso I de Portugal (D. Afonso Henriques) nasceu em 1109 em local ainda não determinado e destacou-se na história como o fundador de Portugal.
Filho de D. Henrique de Borgonha e D. Teresa de Leão, condes de Portugal(condado vassalo do Reino de Leão).
Após a morte de seu pai tomou uma posição diferente de sua mãe, que se aliara que se aliara ao nobre galego Fernão Peres de Trava e assumiu o domínio do condado após vencer a batalha de S. Mamede em 1128.
Concentrou então os esforços em obter o reconhecimento como reino. Em 1140, depois da vitória na batalha de Ourique contra um contingente mouro, D. Afonso Henriques proclamou-se Rei de Portugal com o apoio das suas tropas.Contudo, Portugal apesar de já ter sido assinado o Tratado de Zamora (que tornou Condado Portucalense independente do Reino de Leão) só vem a ser reconhecido pelo Papa Alexandre III em 1179 vendo assim reconhecida a sua independência e efectivando-se assim o título de Reino.
D. Afonso I faleceu em Coimbra a 6 de dezembro de 1185.
Fragmento de sobrescrito com selo e carimbo comemorativo alusivo a D. Afonso Henriques




Informação do texto retirada de: https://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_I_de_Portugal




Museu de Filatelia Sérgio G. Pedro

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