domingo, 15 de dezembro de 2019

António Vilar (1912 - 1995)


António Vilar Justiniano dos Santos  (1912 – 1995)
O homem que emprestou o rosto a algumas das personagens mais emblemáticas do panteão literário e cultural português – do impiedoso D. Pedro ao mundano Camões – nasceu a 13 de Outubro de 1912, na cidade de Lisboa, e, antes de se consagrar do lado de lá das câmaras, foi cantor de rádio, repórter d’ O Século, empregado bancário e assistente de realização.
Não obstante pequenas participações no cinema, a sua iniciação, propriamente dita, tem lugar no filme Feitiço do Império, numa actuação que não passou despercebida. Dois anos mais tarde, António Vilar interpreta o seu primeiro papel de galã, dando vida a Carlos Bonito, no incontornável O Pátio das Cantigas.
De sucesso em sucesso, Vilar consolida a sua carreira, ante a apreciação cada vez mais acalorada dos críticos. Os papéis de Pedro, o Cru, em Inês de Castro, e de Camões, no filme homónimo de Leitão de Barros estreado em 1946, abriram-lhe as portas para o mundo.
Nos anos subsequentes, António Vilar trabalha na Argentina, em Itália, no Brasil, nos Estados Unidos da América, em França e em Espanha, país onde se instala, no final da década de 40, e onde protagoniza cerca de 40 filmes.
Agraciado por inúmeras, o actor dedica os últimos anos ao sonho de produzir um filme sobre Fernão de Magalhães, aí investindo a sua fortuna pessoal. Gorado o sonho de trazer ao grande ecrã os feitos do navegador, resta a réplica de uma nau, doada, após a sua morte, ao espólio da Comissão Nacional dos Descobrimentos Portugueses.

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