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quinta-feira, 24 de julho de 2025

Benjamin Constant (1833–1891): O Educador da República

 


Benjamin Constant Botelho de Magalhães nasceu em 18 de outubro de 1833, em Niterói, no Rio de Janeiro. Filho de Leopoldo Henrique Botelho de Magalhães, militar português, e de Bernardina Joaquina da Silva Guimarães, enfrentou desde cedo dificuldades financeiras e familiares, agravadas pela morte precoce do pai em 1849.

Ingressou na Escola Militar em 1852, onde se destacou pelo interesse em matemática e ciências. Em 1859, formou-se em ciências físicas e matemáticas, e iniciou uma carreira como professor e cientista. Foi nomeado docente do Instituto dos Meninos Cegos (hoje Instituto Benjamin Constant) em 1862, onde se dedicou à educação de pessoas com deficiência visual — tema da emissão filatélica brasileira de 1954.

Durante a Guerra do Paraguai, serviu como engenheiro militar, mas contraiu malária e teve de se afastar. A experiência reforçou seu desejo de se dedicar ao ensino. Influenciado pelo positivismo de Auguste Comte, tornou-se um dos principais divulgadores dessa corrente filosófica no Brasil, defendendo a ordem, o progresso e a educação como pilares da sociedade.

Benjamin Constant foi uma figura-chave na Proclamação da República em 1889. Embora inicialmente avesso à política, tornou-se um dos articuladores do movimento republicano, ao lado de Deodoro da Fonseca. Após a queda da monarquia, ocupou cargos no novo governo, incluindo o de Ministro da Guerra.

Faleceu em 22 de janeiro de 1891, deixando um legado como militar, educador e pensador político. Seu nome está inscrito na história do Brasil como símbolo da transição entre o Império e a República, e como defensor incansável da educação como instrumento de transformação social

📌 1. Importância Filatélica

O selo integra uma emissão comemorativa de grande relevância histórica e social, celebrando os 100 anos da fundação do Instituto dos Meninos Cegos (atualmente Instituto Benjamin Constant), marco da educação inclusiva no Brasil. A emissão reflete o papel do Estado na promoção da educação especializada e homenageia Benjamin Constant, figura-chave na história republicana e educacional brasileira.

🧠 2. Conhecimento e Pesquisa

  • País: Brasil
  • Ano de emissão: 17/09/1954
  • Valor facial: 60 centavos
  • Tema: Centenário da Educação do Cego no Brasil
  • Imagem: Retrato de Benjamin Constant, mão lendo Braille
  • Inscrições: “BRASIL CORREIO 60 CTS 1954” e “CENTENÁRIO DA EDUCAÇÃO DO CEGO NO BRASIL”
  • Técnica de impressão: Provavelmente calcografia ou litografia (a confirmar com catálogo RHM)
  • Assinatura na margem: Possivelmente do artista ou gravador, leitura preliminar “Heitmannauf” (a confirmar)

🧾 3. Condição e Raridade

  • O selo é relativamente comum em coleções temáticas e históricas, mas folhas completas com margens assinadas são menos frequentes.
  • A presença da assinatura na margem valoriza a peça para colecionadores especializados em folhas completas ou provas de impressão.

🎨 4. Apresentação

  • O design é equilibrado, com forte carga simbólica: o retrato de Benjamin Constant representa a liderança intelectual e política; a mão sobre o Braille simboliza a inclusão e o acesso ao conhecimento.
  • A composição gráfica é clara, com boa legibilidade e contraste.

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Bernardo Soto Alfaro (1854 - 1931)

 

President Soto Alfaro 1889 - Álbum Costa Rica

Bernardo Soto Alfaro nasceu em 12 de fevereiro de 1854, em Alajuela, Costa Rica. Formou-se em Direito pela Universidade de Santo Tomás e envolveu-se cedo na política liberal. Foi governador de Alajuela e ocupou vários cargos ministeriais antes de assumir a presidência da República em 1885, após a morte de Próspero Fernández. Tornou-se o 14.º presidente da Costa Rica, sendo um dos mais jovens da história do país. Durante seu governo (1885–1889), destacou-se por reformas educacionais, fundando o Liceo de Costa Rica, o Colégio de Senhoritas, o Museu Nacional e a Biblioteca Nacional. Também criou a Cruz Vermelha e a Loteria Nacional. Membro da Geração do Olimpo, promoveu o liberalismo e o progresso. Em 1889, renunciou pacificamente para evitar conflitos, entregando o poder a Carlos Durán. Faleceu em 1931, em San José

Kamehameha IV (1834 - 1863)

 


Kamehameha IV, nascido Alexander ʻIolani Liholiho em 9 de fevereiro de 1834, em Honolulu, foi o quarto rei do Reino do Havai, reinando de 1855 a 1863. Sobrinho de Kamehameha III, foi educado por missionários e viajou pela Europa e América, adquirindo experiência diplomática. Subiu ao trono aos 20 anos e ficou conhecido por sua oposição à anexação do Havai pelos EUA. Casou-se com Emma Rooke, com quem teve um filho, o príncipe Albert. Durante seu reinado, promoveu reformas sociais e fundou o Queen’s Hospital, ainda hoje em funcionamento. Faleceu jovem, aos 29 anos, em 30 de novembro de 1863, deixando um legado de modernização e defesa da soberania havaiana.

terça-feira, 1 de julho de 2025

Gomes Teixeira (1851 - 1933)

 


Francisco Gomes Teixeira nasceu a 28 de janeiro de 1851, em São Cosmado, Armamar e distinguiu-se com professor e cientista.

 Estudou na Universidade de Coimbra, onde concluiu o curso de Matemática em 1874 com nota máxima, doutorando-se no ano seguinte. Em 1876 tornou-se sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa e, em 1877, fundou o Jornal de Sciencias Mathematicas e Astronomicas, a mais importante revista matemática portuguesa do século XIX. Lecionou em Coimbra e, mais tarde, na Academia Politécnica do Porto, onde publicou o influente Curso de Análise Infinitesimal. Foi também autor do premiado Tratado de las Curvas Especiales Notables, traduzido e reconhecido internacionalmente.

Em 1911, tornou-se o primeiro reitor da Universidade do Porto, cargo que exerceu com grande prestígio. Recebeu o doutoramento honoris causa pela Universidade Central de Madrid em 1923. Publicou mais de 140 artigos científicos e deixou um legado notável na matemática portuguesa. Faleceu no Porto a 8 de fevereiro de 1933, sendo sepultado na sua terra natal. 


Manuel da Nobrega (1517 - 1570)

 


Manuel da Nóbrega nasceu em Sanfins do Douro, Portugal, em 18 de outubro de 1517 e destacou-se como missionário. Estudou Direito Canônico e Filosofia na Universidade de Coimbra, onde se destacou pelo seu interesse em questões sociais e religiosas. Ingressou na Companhia de Jesus em 1544 e, cinco anos depois, foi enviado ao Brasil como líder da primeira missão jesuíta, acompanhando Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral da colônia. Atuou ativamente na fundação de Salvador e, posteriormente, de São Paulo, em 1554, com o apoio de outros jesuítas como José de Anchieta. Defensor dos povos indígenas, combateu a escravidão e os abusos dos colonos, promovendo a catequese e a educação. Fundou colégios e missões, sendo o Colégio de São Paulo um marco importante, origem da atual cidade. Também participou da fundação do Rio de Janeiro em 1565. Suas cartas e escritos são fontes valiosas sobre o Brasil colonial. Faleceu no Rio de Janeiro em 18 de outubro de 1570, deixando um legado duradouro na história da educação, da fé e dos direitos humanos no Brasil. 



Museu de Filatelia Sérgio G. Pedro

Divulgação e Promoção de Filatelia como bem Artístico e Cultural