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terça-feira, 20 de maio de 2025

Camilo Castelo Branco (1825 - 1890)

 


Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco nasceu a 16 de março de 1825 em Lisboa foi um escritor  prolífico, que se destacou como romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor. É considerado um dos principais representantes do romantismo em Portugal, sendo "Amor de Perdição" (1862) sua obra mais conhecida. Camilo foi o primeiro escritor português a viver exclusivamente dos seus escritos. A sua vida pessoal atribulada, marcada por paixões e escândalos, serviu de inspiração para muitas das suas obras. Em 1885, recebeu o título de Visconde de Correia Botelho em reconhecimento à sua contribuição para a literatura. Camilo Castelo Branco cometeu suicidou-se na localidade de São Miguel de Seide (Vila Nova de Famalicão) a 01 de junho de 1890.

As obras de Camilo Castelo Branco exploram temas como amor, tragédia, crítica social e identidade. As narrativas refletem a complexidade da sociedade portuguesa da época e a riqueza da experiência humana.

Entre outras podem-se destacar "Amor de Perdição" (1862) é uma das suas obras mais famosas, que conta a história de dois jovens cujo amor é proibido devido à rivalidade entre suas famílias. "A Brasileira de Prazins" (1882), que gira em torno de uma mulher brasileira que retorna a Portugal e se envolve em intrigas familiares.  A obra "Coração, Cabeça e Estômago" (1862) que é uma autobiografia ficcional que reflete sobre as diferentes fases da vida e as escolhas pessoais.  O livro "Onde Está a Felicidade?" (1856) explora a busca pela felicidade através de diferentes relacionamentos e experiências. "A Queda de um Anjo" (1866) que é uma sátira social que critica a hipocrisia e a corrupção da sociedade portuguesa da época. "A Filha do Doutor Negro" (1864) que aborda questões de raça e preconceito. "O Esqueleto" (1865) que aborda como a hipocrisia e a corrupção. "A Sereia" (1865) que conta a história de uma mulher misteriosa que exerce fascínio sobre os homens. "O Judeu" (1866) que aborda questões de identidade e preconceito. "A Enjeitada" (1859) que  explora temas como o do abandono, resiliência e superação.



segunda-feira, 12 de maio de 2025

Francisco Pereira de Moura (1925 - 1998)

Francisco José da Cruz Pereira de Moura nasceu em Lisboa a 17 de abril de 1925 e destacou-se como Economista.

Professor catedrático, ativista político e opositor do Estado Novo, fundou a Comissão Democrática Eleitoral que deu origem ao MDP/CDE. Após participar numa vigília na Capela do Rato foi preso e demitido do seu cargo de professor no Instituto Superior de Economia e mantido sob vigilância pela PIDE.

Após o 25 de Abril de 1974 foi ministro no primeiro, quarto e quinto governos provisórios. Nas eleições constituintes de 1975 consegue cinco assentos parlamentares. Acabou por abandonar a vida política, regressando ao ensino universitário.

Prolífico autor na área da Economia dois dos seus manuais “Lições de Economia” (1961) e “Análise Económica da Conjuntura” (1969), afirmaram-se como referência maior da formação de várias gerações de economistas. 

Foi agraciado em 1957 com o grau de Oficial da Ordem da Instrução Pública e em 1995 com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada. 

Faleceu em Lisboa a 4 de abril de 1998. 


Bibliografia:

https://www.ctt.pt/grupo-ctt/media/noticias/vultos-da-historia-e-da-cultura-homenageados-em-emissao-filatelica-dos-ctt

https://www.iseg.ulisboa.pt/news-clipping/in-memoriam-de-francisco-pereira-de-moura-economista-emerito/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Pereira_de_Moura

https://www.iseg.ulisboa.pt/news-clipping/no-centenario-de-francisco-pereira-de-moura-o-professor-do-iseg-que-foi-um-gigante-da-democracia-portuguesa/

Isabel da Nóbrega (1925 - 2021)

Isabel da Nóbrega, pseudónimo de Maria Isabel Guerra Bastos Gonçalves nasceu em Lisboa a 26 de junho de 1925 e distinguiu-se como escritora. 

Ficcionista, jornalista e tradutora, consagrou-se com o romance "Viver com os Outros", no qual conjuga a preocupação social com a procura de renovação estética da narrativa. Escreveu romances, peças de teatro, livros infantis, milhares de crónicas para jornais e revistas, bem como para a rádio e a televisão.

Foi tradutora de Tolstoi, Erich Maria Remarque e Graham Greene, entre outros.

Da sua vida familiar destaca-se o facto de ter sido companheira de João Gaspar Simões, entre 1954 e 1968, e de José Saramago, de 1970 a 1986, que lhe dedicou a edição original de Memorial do Convento. 

Galardoada com o Prémio Camilo Castelo Branco, Prémio de Literatura Infantil e Juvenil, Prémio de Consagração de Carreira da SPA e Prémio Femina por Mérito na Literatura, foi ainda agraciada como a Grande-Oficial da Ordem do Mérito em 2000 e como Grande Oficial da Ordem da Liberdade em 2011. 

Faleceu a 02 de setembro de 2021 no Estoril.


Bibliografia:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Isabel_da_N%C3%B3brega

https://www.ctt.pt/grupo-ctt/media/noticias/vultos-da-historia-e-da-cultura-homenageados-em-emissao-filatelica-dos-ctt

José Pires Cardoso (1925 - 1998)


José Augusto Neves Cardoso Pires nasceu Vila de Rei (distrito de Castelo Branco) a 02 de outubro de 1925 e destacou-se como escritor. 

Um dos mais importantes escritores portugueses da segunda metade do século xx, começou por seguir a carreira de jornalista. Criou a revista Almanaque e foi cronista do Diário de Lisboa, entre outros.

A sua carreira de escritor é sui generis, pois não se fixa em nenhum género e cada um dos seus livros começa e termina um ciclo de criação literária. Ao longo do período do regime salazarista viu várias das suas obras serem censuradas, tais como, “Os Caminheiros” (1949) e em 1952 “Histórias de Amor” (este tirado de circulação pela censura em 26 de agosto do mesmo ano de sua publicação). 

O Delfim é considerado a sua obra-prima, mas várias outras são consideradas de excelência, como A Balada da Praia dos Cães.

Galardoado com vários prémios, foi condecorado com a Ordem da Liberdade (1985) e com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito (1989). 

Faleceu em Lisboa a 26 de outubro de 1998.

Bibliografia:

Nuno Oliveira (1925 - 1989)

 


Nuno Waldemar Núñez Marques Cardoso Pery de Linde de Abreu de Oliveira nasceu em Lisboa a 23 de junho de 1925.

Figura emblemática da cultura equestre portuguesa e amante de música clássica, montava sempre acompanhado das obras de Verdi.

Começou a montar com apenas sete anos de idade, começou por receber os ensinamentos do mestre Joaquim Gonçalves de Miranda. Em 1940, após a morte do mestre Miranda, Nuno Oliveira prosseguiu a sua carreira e na década de 1960 granjeava já de uma significativa visibilidade, o que se refletiu não apenas no seu percurso, mas também na valorização do cavalo lusitano.  

Reconhecido mundialmente como o último grande Mestre da Equitação Clássica, deixou pelo mundo um enorme número de alunos fiéis aos seus ensinamentos. Grande embaixador da arte equestre, os seus ensinamentos deram a volta ao globo, das Américas à Ásia e mesmo à Oceania. A sua vida foi dedicada ao ensino e à dressage e acabaria por criar o seu picadeiro, visitado por centenas de alunos de todo o mundo. Foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique. 

Faleceu a 2 de fevereiro de 1989 na Austrália 


Querubim Lapa (1925 - 2016)

 



Querubim Lapa de Almeida nasceu em Portimão no ano de 1925 e destacou-se como artística plástico.

Artista multidisciplinar, foi pintor, desenhador , gravador, escultor, fez trabalhos de tapeçaria, mas ficou mais conhecido como um dos mais importante ceramistas portugueses .

O seu trabalho é associado ao neorrealismo  português e está representado em vários museus como o de Arte Moderna de Tóquio ou o do Chiado. As suas obras públicas mais conhecidas são, o painel da Reitoria da Universidade de Lisboa, o revestimento exterior e interior da Casa da Sorte, dois painéis na Pastelaria Mexicana e o revestimento da estação de metro da Bela Vista.

Nas suas próprias palavras: “O movimento neorrealista saiu da António Arroio. Íamos visitar os salões do SNI [Secretariado Nacional de Informação, organismo de propaganda do Estado Novo] em Alcântara, onde expunham os modernistas da geração do António Ferro [diretor do SNI], um modernismo que para nós já era um bocado decadente. O neorrealismo foi uma reação tanto política como artística, porque todos nós éramos um bocado de esquerda”. 

A 10 de junho de 2015 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada 

Faleceu em Lisboa a 02 de maio de 2016.

Palmira Bastos (1875 - 1967)

 


Palmira Bastos, nome artístico de Maria da Conceição Martins nasceu na Aldeia Gavinha, Alenquer a 30 de Maio de 1875 e destacou-se como atriz.

Representou no Teatro Nacional D. Maria II, na Companhia Amélia Rey Colaço-Robles Monteiro e na Companhia Palmira Bastos-Alexandre d'Azevedo.

No cinema Palmira Bastos participou no filme mudo O Destino, do realizador francês George Pallu em 1922.

Em 1966 regista-se a última peça com que Palmira Bastos apareceu nos ecrãs de televisão. Foi As Árvores Morrem de Pé, de Alejandro Casona, tendo ficado célebre a frase "Morta por dentro, mas de pé, de pé, como as árvores" dita pela actriz de cerca de 90 anos no Teatro Avenida.

Em 1920 foi condecorada como Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, em 1958 como Comendadora da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e em 1965 como Comendadora da Ordem Militar de Cristo.

 Faleceu a 10 de maio de 1967 em Mercês (Lisboa).


Joaquim Veríssimo Serrão (1925 - 2020)

 


Joaquim Veríssimo Serrão nasceu em Santarém a 08 de julho de 1925 e distinguiu-se como historiador.

Foi professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, reitor da mesma universidade, presidente da Academia Portuguesa de História.

Entre as várias obras destaca-se a História de Portugal em 19 volumes.

Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Montpellier (1974), Complutense de Madrid (1995) (Cáceres). Comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul, Brasil (1966), Grã-Cruz das Ordens do Mérito Civil (1990), e de Afonso X o Sábio, de Espanha (1995), da Ordem de Andrés Bello, da Venezuela (1994), bem como da Medalha de Plata da Galiza (1993). Em 1995 foi distinguido com o Prémio Príncipe de Astúrias em Ciências Sociais e recentemente nomeado membro efectivo da Academia Europêa de Yuste (2000). Em 2006 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago de Espada.

Recebeu a Medalha Honorífica da Universidade de Coimbra em 2007 e o título Professor Honoris Causa do Instituto Politécnico de Santarém em 2011.

Faleceu em Santarém a 31 de julho de 2020.


domingo, 11 de maio de 2025

Domingos Bomtempo (1775 - 1842)

 



João Domingos Bomtempo nasceu em Lisboa a 28 de dezembro de 1775 e distinguiu-se como pianista.

Domingos Bomtempo é considerado uma figura proeminente da História da Música em Portugal, tendo desempenhado uma ação pioneira ao nível das instituições e sido inovador enquanto criador e intérprete. É visto como a figura charneira do período de transição do final do Antigo Regime para a Idade Moderna, politicamente associada às convulsões liberais.

Bomtempo destacou-se como pianista virtuoso e compositor em Paris e Londres, seguindo os passos dos mestres do período clássico e introduzindo em Portugal formas musicais como a sonata, o concerto e a sinfonia.

Como pianista, João Domingos Bomtempo acalentou o projeto de protagonizar uma ação reformista para o quadro musical português sobretudo, ao nível da formação profissional, mas também das plataformas de apresentação pública.

Faleceu em Lisboa, a 8 de agosto de 1842

 


Museu de Filatelia Sérgio G. Pedro

Divulgação e Promoção de Filatelia como bem Artístico e Cultural