terça-feira, 15 de outubro de 2024

Eduardo Lourenço (1923 - 2020)

 


Eduardo Lourenço de Faria nasceu em Almeida a 23 de maio de 1923 e destacou-se como filosofo.

Consciência da nação, filósofo e ensaísta, mas também professor e pedagogo, Eduardo Lourenço foi um dos intelectuais portugueses mais importantes da nossa época, e um dos que mais distinções nacionais e internacionais recebeu, desde o Prémio Camões, passando pela Legião de Honra da República Francesa e pela Grã-Cruz da Ordem de Santiago de Espada, entre muitas outras. Foi adido cultural da Embaixada de Portugal em Roma e Conselheiro de Estado nomeado pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. Foi administrador (não executivo) da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Fixou residência em Vence, em 1965. Foi leitor na Universidade de Grenoble de 1960 a 1965 e maître assistant na Universidade de Nice até 1987, passando a maître de conferences em 1986. Tornou-se professor jubilado em Nice em 1988.

 O Centro de Estudos Ibéricos criou em sua homenagem o Prémio Eduardo Lourenço, atribuído desde 2005 e destinado a agraciar personalidades ou instituições com intervenção relevante no âmbito da cultura, da cidadania e da cooperação ibéricas.

Algumas das suas obras (O Fascismo Nunca Existiu, Nós e a Europa ou as duas razões, Pessoa Revisitado) são hoje textos obrigatórios para quem pretende compreender melhor a nossa sociedade.

Faleceu em Lisboa 01 de dezembro de 2020.

 



sábado, 12 de outubro de 2024

Nadir Afonso (1920 - 2013)

 

Nadir Afonso Rodrigues, nasceu em Chaves a 04 de dezembro de 1920 e destacou-se como arquiteto e pintor. A criação artística é para Nadir Afonso a consequência de um processo de apreensão do real e de busca do absoluto através da harmónicas leis matemáticas e geométricas. Abordagem que acompanhou o pintor ao longo de quase oito décadas de carreira e se foi depurando até ao derradeiro período fractal, onde as linhas reproduzem as grandes metrópoles do século XXI.

Um percurso coerente de um arquiteto que, em 1946, rumou a Paris para estudar pintura e acabou a trabalhar com o colega Le Corbusier, o pai do urbanismo moderno. Mas também teve oportunidade de o fazer com Óscar Niemeyer, em São Paulo, entre 1951 e 1954.

Faleceu a 11 de dezembro de 2013 em Cascais.



Amália Rodrigues (1920 - 2020)

 

Amália Rodrigues é um símbolo ímpar da portugalidade, na sua mais simples genuinidade e magia dos sentidos. Celebrar o Centenário do seu nascimento é prestar uma justa homenagem e um agradecimento coletivo àquela que foi «uma Pátria pela voz», que nunca deixou de estar entre nós e que continua a inspirar e a servir de exemplo de simplicidade genial para as novas gerações de poetas, compositores, músicos e intérpretes da canção nacional.

Amália somos todos nós, é a voz inesquecível, a sua emoção e a evocação da sua poesia. Uma «estranha forma de vida» que surge no mais sublime e no mais simples do povo. Porque Amália veio do povo, o seu nome sabe-nos a povo. Simplicidade, naturalidade e lucidez, no recanto do mais infinito e sublime da sua alma, vivem em nós.


Amália rescreveu de forma mágica os desígnios do fado que mora em todos nós. Os desígnios de um povo.
Inconfundível e inigualável na intensidade com que transcende o mundo social e artístico e como o supera com a sua genialidade, o seu brilhantismo, a sua argúcia, o seu espírito.

O espírito de quem, atravessando mares, oceanos e continentes, levou Portugal e a língua portuguesa sempre mais longe, valorizando-a, tal como contribuiu decisivamente para a consagração do fado como património imaterial da Humanidade.


 


Museu de Filatelia Sérgio G. Pedro

Divulgação e Promoção de Filatelia como bem Artístico e Cultural