Pesquisar neste blogue

Translate

domingo, 22 de fevereiro de 2015

João de Sousa Carvalho (270 anos do nascimento)

João de Sousa Carvalho
     Nasceu em Estremoz no dia 22 de Fevereiro de 1745 e faleceu provavelmente no Alentejo entre a Quaresma de 1799 e a de 1800.
     Começou os estudos musicais aos oito anos, no Colégio dos Santos Reis Magos, em Vila Viçosa. Protegido pelo rei D. José I, aos quinze anos é enviado para Itália por este monarca com o objectivo de se aperfeiçoar na arte dos sons. Aí ingressa no Conservatório de Santo Onofre de Capuana, em Nápoles. Terá tido como mestres, Nicollo Porpora, Carlo Cotumacci e Joseph Dol e contacto com músicos como Paisiello, Piccini e Cimarosa, e com as tendências do classicismo europeu.
     Regressa a Portugal em 1767, ocupando primeiro o lugar de professor de contraponto e mais tarde, o de mestre de capela no Seminário da Patriarcal, em Lisboa. Aí teve como discípulos António Leal Moreira, Marcos Portugal, João José Baldi, João Domingos Bomtempo e o cantor e compositor italiano Giuseppe Toti.
     Em 1778, João de Sousa Carvalho é nomeado professor de Música da Corte e passa a residir no Palácio Velho da Ajuda. Bem remunerado e casado rico em 1783, leva uma vida desafogada que lhe permite comprar propriedades no Alentejo e no Algarve.
A produção musical autenticada de João de Sousa Carvalho distribui-se por três grandes grupos: Música Dramática, Música Sacra e Música Profana não Dramática.
     A Música Dramática é constituída por dezasseis obras: cinco óperas, dez serenatas e uma cantata.
     A Música Sacra constas de três hinos Te Deum mais duas árias, sete missas, quatro salmos, uma oratória e um motete.
     A Música Profana consta de árias, bem como um dueto e uma cavatina, uma modinha e uma sonata.
     Protagonista no triunfo da música italiana em Portugal, a linguagem de João de Sousa Carvalho não abdica de um certo gosto genuinamente lusitano. Da sua vasta produção destacam-se as óperas l'Amore Industrioso (1769), Testoride Argonauta (1780), bem como as serenatas Perseo (1779) e Penelope nella partenza da Sparta (1782).
     João de Sousa Carvalho foi sem dúvida um dos maiores compositores de toda a história da música portuguesa e um filho ilustre de que a cidade de Estremoz muito justamente se orgulha.


Sem comentários:

Enviar um comentário

Museu de Filatelia Sérgio G. Pedro

Divulgação e Promoção de Filatelia como bem Artístico e Cultural